domingo, 15 de junho de 2014

COPA DO MUNDO E A GLOBALIZAÇÃO DOS CONCEITOS DE JOGO


Começou a Copa do Mundo no Brasil e começamos, todos nós, profissionais, comentaristas e torcedores, a analisar, discutir e especular sobre o jogar de cada seleção. Nestes dias iniciais de competição, aquelas diferenças técnico-cognitivas(e me permitam nomear assim pra não incorrer no equívoco do gestual isolado, me perdoem os colegas de trabalho), ou seja, as diferenças individuais continuam evidentes entre os tradicionais campeões mundiais frente as seleções de menor expressão. Contudo, é nítido que, no que se refere à organização geral das equipes, os 5 momentos do jogo(defesa, ataque, transição atc-def, transição def-atc e bola parada), essa diferença é ínfima, pra não dizer nula.




Equador, Costa Rica, Bosnia-Hezergovina, Suíça e Costa do Marfim que o digam! Seleções bem organizadas, com bloco médio ou bloco baixo, jogando em amplitude (Bosnia) ao reconhecer o adversário com uma primeira linha defensiva mais os meias defensivos que não favorecia contra-ataque ou jogo direto. Ou mesmo o jogo em profundidade (Costa do Marfim), valorizando bem o perfil e cultura do jogo africano, e ainda a eficiente transição da Costa Rica que venceu com autoridade seu jogo de estréia.




Infelizmente, e é preciso de que sejamos justos, lembrar que as sul-americanas Argentina e Brasil não empolgaram pelo primeiro jogo, espaçamentos excessivos e dependência de alguns jogadores que se isolavam foram bem observados durante a estréia destas duas favoritas ao título. 
O mais importante é nos atentarmos para essa mudança de paradigma que vêem ocorrendo ao longo das últimas copas e assim separar o que é jogar organizado e "organização de indivíduos", o chamado sistema de jogo, aqueles números que servem para facilitar a vida dos comentaristas. 

Neste sentido, aproveitar bem a preparação é mais do que utilizar parafernálias tecnológicas, que têm sua importância em determinado contexto. É mais do que reunir os "melhores caras" ou os"caras certos" (como prefere Mourinho), não é um jogo de soma de individualidades. 





Estratégia e organização vão fazer a diferença e isso não é mais exclusividade das grandes seleções, que estão sentindo em campo que a superioridade não é "tão superior assim"!

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